quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Brasil Colonial


Entende-se por sistema colonial o domínio político e sócio-econômico de uma nação poderosa sobre outras de menor poder militar. Essa relação de domínio entre a metrópole (nação dominante) e a colônia (região invadida e controlada) é expressa naquilo que chamamos Pacto Colonial, onde a colônia tem deveres exclusivos com sua metrópole, em primazia nas relações de produção e comércio de bens. O Brasil é um exemplo particular de tal situação que marcou o mundo ocidental e parte do oriental do século XVI ao século XIX. Sua dominação faz parte do Tratado de Tordesilhas, de 1494, assinado entre as duas grandes potências da Época: Portugal e Espanha, e que dividia o continente invadido num oeste Espanhol e um leste português a partir da ilha de seu nome.












Com o descobrimento das terras que iriam chamar-se Brasil, Portugal iniciou seu processo de colonização com a retirada de elementos naturais já existentes. O Pau-Brasil foi o mais importante deles nas primeiras três décadas. Era comercializado com os índios nativos através de um sistema de troca chamado Escambo, onde o Português trocava artigos estranhos aos nativos pela madeira que era utilizada em Portugal na produção de tecidos com vivas cores vermelhas. Eram estocadas, as madeiras, entre outras coisas, em estabelecimentos rudimentares e militares chamados Feitorias.Com a experiência nas chamadas Capitânias do Mar em Açores e Madeiras (colônias Portuguesas) Portugal investiu no sistema de divisão territorial e administração de particulares chamado Capitânias Hereditárias.





















Foram 12 capitânias que duraram desastrosamente de 1532 a 1549, pois os donatários, aqueles a quem elas foram cedidas, pouco ocuparam ou produziram. As capitânias tornaram-se novamente terras da coroa na administração e ocupação mais presencial do Governo Geral, nas mãos do militar português Tomé de Souza em 1549. Fundou e fortificou a cidade de Salvador.Por questões de insatisfação dos colonos, Tomé de Souza deixou o cargo em 1553 que foi ocupado por Duarte da Costa. Esse segundo Governador Geral também causou insatisfação dos locais e foi substituído em 1558 por Mem de Sá que continuou o trabalho de ocupação da costa colonial e enfrentamento dos corsários, navios protegidos por nações emergentes como França e Holanda, que quebravam o Pacto Colonial comprando produtos da colônia sem autorização da Metrópole. Mem de Sá continuou, também, a política de Sesmarias, direito de posse da terra por particulares se a mesma fosse produtora de artigos alimentícios e agro-exportadores.A Sesmaria é que garantirá a produção em larga escala de um gênero agro-exportador que tem por nomenclatura “Plantation”. Esse sistema consiste na produção de uma monocultura direcionada à metrópole feita numa extensão de terra trabalhada por escravos. Por conta de sua experiência de colonização do continente africano, seu sistema tradicional de escravização e o jogo de interesse entre líderes locais e a metrópole portuguesa, o negro escravo foi traficado para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar, produto em alta no mercado europeu da época.






Esse pólo agrícola de monocultura era grosso modo dividido em: Engenho (ou casa-de-engenho), Casa-Grande (a moradia do dono da terra e dos escravos) e Senzala (onde se alojavam precariamente os escravos negros).Com o fim do Tratado de Tordesilhas, por conta da União Ibérica de 1580, que consiste no controle político de Portugal e Espanha por uma única Dinastia, a Filipina, na colônia se intensificou dois sistemas de ocupação do território colonial: o primeiro, As Entradas, eram financiados pelos cofres públicos; o segundo, As Bandeiras, foram esforços de particulares em busca de índios e metais preciosos.

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